Judeus na Idolatria

Maguén David - Estrela Macrocósmica que representa a Lei - 

A Ordem Teocrática na Terra 

A Ordem Mística de Melki-Tsedek 

 

Agora chegou a hora de falar e denunciar a prática da idolatria pelos Judeus.

O que mais me moveu a escrever sobre este assunto, criando mais uma Página no meu Sítio foi o impacto que senti ao assistir o Filme “A Alegria de Viver”.

Este filme é dirigido por Paul Mazursky, conceituado cineasta. É Ator, Diretor, Produtor, roteirista e dramaturgo do Hollywood. Possui uma respeitável lista de filmes nos quais atuou como diretor e como roteirista.

No filme que assisti ele aparece como Ator e principal personagem, e diz: “Sou Judeu, mas não sou religioso; sou secular”.

O filme é um Documentário que ele fez sobre a Festa Religiosa Judaica que acontece em Uman, na Ucrânia, todos os anos, por ocasião de Rosh Hashanah, o Ano Novo Judaico. Cerca de 20 a 25 mil Judeus acorrem para lá de todas as partes do mundo, principalmente de Israel e dos Estados Unidos. Em sua maioria são Judeus Hassidim (pertencentes ao Movimento Religioso Hassídico – Beit Chabad).

Paul Mazursky - Cineasta

A finalidade desta colossal romaria é (pasmem!) rezar na sepultura do Rebe Nachman de Breslov (Bratslav), morto em 1810.

No filme, uma das muitas entrevistas que Mazursky fez foi com o famoso Rabino Ezriel Tauber, que me chamou a atenção de forma especial porque tenho um livro dele e também uma fita VHS com uma importante palestra dele sobre o Código da Torah. Ele é sobrevivente do Holocausto. É professor de baalei teshuvá e autor do livro: “OS DIAS ESTÃO CHEGANDO” (eu tenho um exemplar). É palestrante muito conhecido.

Na entrevista o Rabino Tauber diz que não perde esta peregrinação por nada neste mundo; todos os anos ele vai a Uman e isto já há vários anos. Ele diz que sai de lá revigorado espiritualmente.

Uma coisa muito curiosa: nesta romaria toda durante uma semana de festança com mais de 20.000 homens. Não se vê uma mulher!!!

Isto para mim é intrigante!

Judeus em Uman - Ucrania

O Rebe Nachman de Breslov era bisneto do Rebe Yisrael, o Baal Shem Tov, fundador do Movimento Chassídico. Era um Kabbalista, segundo consta, de uma Ordem mais elevada. Dizem que quando percebeu que estava para morrer, pediu que fosse enterrado em Uman, cidade próxima de Breslov, Ucrânia, onde viveu os últimos anos de sua breve existência. Pediu também, aos seu discípulos, que rezassem sempre na sua sepultura, na época de Rosh Hashanah, e que isto traria sorte, felicidade e vigor espiritual. De modos que assim começou o costume das peregrinações de Judeus à Uman todos os anos.

 

Não é só a Uman que judeus fazem peregrinações para rezar em sepulturas.

Tibérias, cidade do norte de Israel, próxima ao Lago Kineret (Mar da Galiléia), é outro lugar de romaria de peregrinos Judeus para venerarem as sepulturas do grande número de Sábios e Rabinos famosos. Lá estão sepultados Rabi Akiva, Rabi Yochanan Ben-Zakai, Rabi Meir Baal HaNess, e também o grande filósofo e Sábio Maimônides, o Ramban. Ali vão as pessoas, nas suas sepulturas, rezar por um bom casamento, fertilidade e bom emprego. A diferença entre Tibérias e Uman, é que Tibérias é também um lugar de Romaria de cristãos. Dizem que ali foi o lugar onde Jesus, ou Yehoshua, fez o maior número de milagres e o famoso sermão do monte.

Outro lugar famoso é Tsaft – צְפַת (Safed). Capital mundial do Misticismo e Kabbalah. Alí viveram e ainda vivem Kabbalistas famosos. Lá se encontram as famosas Yeshivot (Academias, Escolas) de Estudo da Kabbalah. Sábios ali escreveram, ensinaram e, muitos dos seus túmulos é local de veneração.

Tsaft - צְפַת (Safed) Conhecida como "Cidade Sagrada"

Pergunto e, quero frisar, direciono minha interrogação especialmente aos Rabinos e Chachamim: Que negócio é este de rezar na sepultura de um morto, seja ele Sábio ou leigo?

Na Torah está dito: “Não se ache entre vós... quem indague dos mortos”. Devarim (Deuteronômio) 18:11.

O Profeta Yishayahu diz: “Porventura o povo não há de consultar o seu D’us? Há de ir falar com os mortos em favor dos vivos? À Lei e ao Testemunho. Se eles não falarem segundo esta palavra, não raiará para eles a aurora”. Yishayahu (Isaías) 8:19-20.

Há alguns dias o Jornal "Rua Judaica" publicou uma matéria na qual discute o que é ou o que não é "Mito" no Judaísmo. Esta matéria, em particular, trata justamente do assunto sobre o qual estamos argumentando. Eu postei ela a seguir: 

49 Mitos no Judaísmo
Mito: Rezar diante dos túmulos dos tzadikim (os grandes rabinos e sábios de várias gerações) seria o equivalente a fazer idolatria, já que trata-se de uma reza direcionada a uma determinada pessoa.

Falso: Existe de fato uma proibição em rezar para alguém que já faleceu. Não é permitido nem aceitável pedir nada ao falecido, nem é permitido tentar comunicar-se com alguém que já não está mais entre os vivos - um ato destes seria totalmente equivocado, e classificar-se-ia dentre as transgressões mais graves das leis da Torá (mishná brura). Deus é o único e exclusivo receptáculo para todas as rezas, sem intermediários. Praticar o agradecimento a Deus é um exercício permitido e até recomendável - uma mitzvá. E está escrito que a presença Divina se encontra no local onde foi enterrado o corpo de um tzadik, e que as rezas realizadas neste local adquirem proporções diferenciadas. Porém, é importante frisar que a única reza permitido é a reza para Deus, em qualquer lugar do planeta. Não se pode direcionar nenhuma reza diretamente ao falecido nem tentar comunicar-se com ele, independente de quem tenha sido este tzadik. Assim, o que se pede perante o túmulo de um tzadik ou patriarca bíblico (do Tanach) é que, pelo mérito desta pessoa justa (tzadik), seu pedido seja atendido mais prontamente. 

Fonte:  Jornal "Rua Judaica" de Sexta-feira 10 de Agosto de 2012.

 Fernando Chaim Bisker, autor desta resposta no Jornal "Rua Judaica", é autor de um livro intitulado "49 Mitos no Judaísmo", publicado pela Editora Sêfer. Na resposta acima, publicada no Jornal, quero destacar a seguinte frase: "E está escrito que a presença Divina se encontra no local onde foi enterrado o corpo de um tzadik, e que as rezas realizadas neste local adquirem proporções diferenciadas".

Pois sim Sr. Bisker, me diga por favor: Onde está escrito isto? Se está escrito, como se explica a proibição de rezar para alguém que faleceu, como você mesmo disse e como eu citei acima o testo da Torah e da Tanach (Deuteronômio 18:11 e Isaías 8:19-20)? Percebe que você se contradiz? Você começa dizendo que "existe uma proibição" e que é "uma das transgressões mais graves das Leis da Torah". Depois fala sobre um "Está Escrito" mas não cita a fonte!

Agora, volto a perguntar aos senhores Rabinos: Que história é esta de rezar na sepultura dos mortos? Mesmo que a reza não seja direcionada diretamente à pessoa do falecido mas "pelo mérito" dela. Definitivamente, nós não precisamos de nenhum tipo de intermediário em nossa relação com o Eterno que habita no recesso mais secreto de nosso SER. 

Preciso de uma resposta convincente e com base na Torah ou na Tanach; baseado nas Mitzvot, não nas Halachot.

Há outro problema: os Rabinos não se entendem entre si.

Existe um ditado muito popular entre os Judeus que diz: “Onde há dois judeus há três idéias”.

Eu sei, é fruto da galut (diáspora), em grande parte. Mas, a coisa é bem mais complexa. Faz parte da própria natureza e índole do judeu. Por exemplo, consideremos o Talmud: é composto de duas partes principais que são a Mishná, que é a exposição da própria Torah Oral que foi escrita; e a Guemará, que se constitui das discussões dos Sábios sobre as Mitzvot e Halachot, ou seja, é como um desdobramento da Mishná. São dois Talmudim: o Bavli, ou de Babilônia e o Yerushalmi, ou de Jerusalém. O Bavli é o mais extenso e com mais conteúdo, em geral, publicado em 20 volumosos tomos com letras miudinhas.

Mas, voltando à questão das eternas discussões entre Judeus, temos um exemplo mais do que evidente na Guemará que é a mais proverbial coleção de discussões da História da Humanidade. Através destas infindáveis discussões é que os Sábios chegam a um consenso a respeito de muitos assuntos. Estas discussões em sua maioria, tratam de Legislação. É preciso esclarecer que, as Mitzvot (singular: Mitzvah) são mandamentos da Torah e as Halachot (singular: Halachah) são mandamentos Rabínicos.

A Mishná não é a Torah Oral mas contém a Torah Oral.

De acordo com a Tradição Judaica Ortodóxa, é a Torah Oral que regulamenta a Torah Escrita: os cinco livros de Moshê (Moisés).

As Halachot formam, na prática, uma verdadeira e sólida “cerca” ao redor da Torah de Moshê (Lei de Moisés). A intenção é proteger e resguardar a Torah contra a profanação e ao mesmo tempo prevenir contra a transgressão.

O Pirkê Avót (Hebraicאבות  פרק), que significa “Ética dos Pais”, é o primeiro Tratado da Mishná. É constituído de cinco capítulos. A Mishná 1, ou seja, o primeiro versículo do Pirkê Avót diz: “Moisés recebeu a Torah do Sinai, transmitiu-a a Josué, Josué aos anciãos, os anciãos aos profetas, e os profetas a transmitiram aos homens da Grande Assembléia. Estes proclamaram três coisas: sede ponderados no julgamento, formai muitos discípulos e construí uma cerca protegendo a Torah” (grifo meu).

Aí está, em essência, a Tradição Rabínica do Judaísmo Ortodóxo.

O Rabino Irving M. Bunim escreveu um livro que eu acho maravilhoso. É o “Ética do Sinai”, editado no Brasil pela Editora Sêfer. Neste livro ele comenta e interpreta o Pirkê Avót. Discorrendo ele sobre a primeira Mishná acima citada diz: “As pessoas se perguntam acerca da necessidade de tantas leis talmúdicas que somos obrigados a observar. Essencialmente, elas são uma “cerca”, instituída para proteger os mandamentos bíblicos contra o perigo de uma violação” (Ética do Sinai, pág. 19).

É bom esmiuçar um pouco mais este assunto a fim de não gerar mal entendido.

De acordo com Sábios Tamudistas, a Torah Oral se divide assim:

Halakhá le-Moshê mi-Sinai - leis especiais que não têm lembrança nos escritos, nem na Torah e nem nos profetas, nos quais não caíra jamais nenhuma discussão;

Divre Shemu'a - ouvidos no Sinai diretamente de Moisés, e este de D’us, não estando escritas na Torah;

Divrê Qabalá - coisas recebidas de Moisés que, apesar de não estarem escritas na Torah, têm alusões nos escritos dos profetas;

Dinim Muflaim - Podem vir por simples decisão do Shanhedrin (e somente por ele), ou por estudo de uma das treze regras;

Taqanôt, gezerôt e minhagôt - decretos de diferentes classes, pelo que está escrito na Torah: "Não te desviareis do que te disserem..." – Devarim (Deuteronômio) 17:21.

A minha preocupação com a cerca ao redor da Torah se deve ao fato de que a mesma cerca foi se solidificando através dos séculos. Temos uma redoma blindada ao redor da Torah. E isto impede as pessoas de terem acesso à simplicidade da Torah tal como foi entregue por D’us à Moshê.

Na prática, é como se a Torah estivesse em um “altar” de adoração e as pessoas ao redor da cerca blindada a contemplam e a veneram de longe. Tornou-se um objeto de adoração. Isto é Idolatria! A Torah está cercada por mandamentos humanos. 

Sim, é isto mesmo: Mandamentos humanos. A Guemará compõe o mais proverbial amontoado e amontado de discussões de toda a História da Humanidade, alcança o mais alto posto de honra no Judaísmo Rabínico. Ela não somente faz parte do Talmud como chegou a ser elevada acima da Torah e da própria Mishná. 

E eu não estou dizendo como falador gratuito. É o Talmud que confirma o que estou a dizer.

No Tratado Sopherim 25, 7, fol. 13 b, está dito: “A Sagrada Escritura se assemelha à água, a Mishná ao vinho, e a Guemará ao vinho aromático”.

Em Baba Metsia fol. 33a diz o seguinte: “Aqueles que se dedicam a ler a Torah exercitam uma determinada virtude, porém não muita; aqueles que dedicam ao estudo da Mishná exercitam uma virtude pela qual serão premiados; porém, não obstante, aqueles que se dedicam a estudar a Guemará exercitam a maior das virtudes”.

No Tratado Sanhedrin 10, 3, fol. 88b a Torah é rebaixada em seu valor com as seguintes palavras: “Aquele que quebranta as palavras dos escribas peca mais gravemente que aqueles transgressores das palavras da Lei”.

Também no Tratado Erubhin, 2º livro do II Código Moed aparece: “Filho meu, presta atenção às palavras dos escribas antes que às palavras da Lei”.

Quer dizer que o inspirado passa a ter mais valor que fonte inspiradora. As palavras dos Rabinos tem mais valor que a Sagrada Tanach. Seus ensinos são as que valem e se impõem a todos os Judeus.

Hum! Falando dos escribas estarem assim numa posição tão “privilegiada” eu me recordo das palavras do Profeta: “Como podeis dizer: ‘Temos a Sabedoria, pois a Torah do Eterno está a nossa disposição’? É verdade, mas ela tornou-se uma Torah falsa, por obra da pena mentirosa dos escribas”. Yermyahu (Jeremias) 8:8. 

O Rabino Sefaradita  J. Oliveira, em seu Site Judaísmo Ibérico, inseriu a Bíblia Português - Hebraico. Ali este verso de Jeremias aparece assim: "Como pois dizeis:  Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Mas eis que a falsa pena dos escribas a converteu em mentira".

No texto Hebraico diz: ח אֵיכָה תֹאמְרוּ חֲכָמִים אֲנַחְנוּ, וְתוֹרַת יְהוָה אִתָּנוּ; אָכֵן הִנֵּה לַשֶּׁקֶר עָשָׂה, עֵט שֶׁקֶר סֹפְרִים.

Fonte: https://www.judaismo-iberico.org/interlinear/tanakh/1108PT.HTM. 

Para endossar este assunto polêmico, eu busco o apoio do Sr Ronaldo Gomlevsky, alto executivo da FIERJ - Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, em seu Jornal Eletrônico "Menorah Rapidinhas". 

Assim ele se expressa:

"Você sabia que muitas das atitudes que você, dito judeu, toma, em termos do cumprimento da Lei de Moisés, orientadas por certos clérigos hebreus, pensando que são genuínas, na verdade, são formas encontradas por seres humanos como você, que em algum momento entenderam que deveriam mudar para acompanhar o avanço da vida e dos costumes, ao longo do tempo?

Você sabia que estamos tratando de todos os movimentos hebraicos posteriores à existência dos reinos de Judá e Israel, de até dois mil anos passados, sejam a Ortodoxia, a Reforma, o Movimento Conservador ou qualquer outro?

Você sabia que todas as discussões e mudanças na interpretação da Lei de Moisés, em qualquer tempo e independente da nomenclatura que tenham recebido ou que hoje sejam usadas, são reformas desta mesma lei?

Você sabia que a Lei de Moisés deixou de ser cumprida ao pé da letra e, para quem acredita apenas no que Moisés trouxe do Monte Sinai, nada do que se pratica hoje, tem valor?

Você sabia que um grupo de sábios hebreus, à partir da dominação de Roma e da destruição do Segundo Templo, começou, depois do século I da Era Comum a interpretar a Lei de Moisés, ao invés de a seguir na íntegra?

Você sabia que até este período, por mais de 1.500 anos, a condição de hebreu era recebida à partir da paternidade e não da maternidade? E, que esse grupo de hebreus interpretadores da Lei de Moisés, resolveu, devido a seu novo entendimento, pelas circunstâncias, modificar o sistema?

Você sabia que samaritanos e caraítas, consideram os ortodoxos como os grandes reformadores da Lei de Moisés e que por isso mesmo, não aceitam suas práticas?

Você sabia que quando Roma e seu exército venceram os hebreus, havia o reino de Judá na Judeia e o reino de Israel, na Samaria?

Você sabia que em torno da época em que muitos dizem que Jesus existiu, tanto antes quanto depois, mais de dez falsos Messias se apresentaram como tal?

Você sabia que todos esses falsos Messias, inclusive Jesus, propuseram a luta contra Roma?

Você sabia que aquele era um tempo de opressão em que os hebreus eram esmagados, assaltados, assassinados e haviam perdido sua liberdade?

Você sabia que esses falsos Messias prometiam livrar os hebreus de seus algozes e que todos foram liquidados por Roma, definidos como bandidos, inclusive, Bar Kochba, ainda que se tivessem declarado salvadores da fé e da lei de Moisés?

Você sabia que para determinar se somos judeus ou israelitas seriam necessário testes de DNA? Afinal, viemos da Judeia ou de Israel? Viemos do reino do sul ou do reino do norte da Terra Prometida?

Você sabia que os hebreus originais não são brancos e nem possuem olhos azuis? Você sabia que as características acima foram adquiridas por parte dos hebreus, após sua expulsão da Terra Prometida pelos exércitos romanos? Você sabia que aqueles que começaram a interpretar a Lei de Moisés, antes de cumpri-la são os que criaram o Zohar, com sua Cabala, o Shulchan Aruch, o Talmud e uma série enorme de inovações com relação ao cumprimento dos Dez Mandamentos e das 613 obrigações (mitzvot)?

Você sabia que este grupo não é outro que o mesmo, hoje autodenominado de ortodoxo?

Você sabia que os Caraítas e os Samaritanos, ambos grupos hebreus que continuam cumprindo as ordens de Moisés na íntegra, não são reconhecidos pelos ortodoxos como parte do mesmo povo, ainda que, no período posterior à destruição do Segundo Templo de Jerusalém, fossem absoluta maioria , na Terra Prometida e de lá jamais tenham saído?

Você sabia que muitos dos religiosos que acompanharam e acompanham a filosofia judaica de Lubavitch, consideram o seu último líder, que deixou este mundo na última década, como o verdadeiro Messias?

Você acredita nisso? Você acredita que todos os movimentos messiânicos sejam equivalentes?

Você sabia que todos aqueles que acreditam que o Messias já chegou, assim como os católicos e estes acima citados, são inventores de uma nova prática religiosa e portanto, completamente desvencilhados da Lei de Moisés?".

Ronaldo Gomlevsky

Editor Geral - Menorah Rapidinhas - Edição Nº 320 - 04-12-2013 

E o que os ilustradíssimos senhores Rabinos têm a dizer?

Mas, como eu já disse, sou apenas um Índio ignorante, curandeiro. Posso estar equivocado. Sou Xamã Yvy Memby, ou seja, Xamã Filho da Terra. Acontece que há dias atrás tive um sonho com as pessoas idolatrando a Torah da forma que relatei acima. Fiquei preocupado.

Entendo porém, que cada um deve estudar e esquadrinhar as Escrituras por si mesmo e jamais confiar na opinião de outrem. Já que cada um é responsável por sua própria alma diante do Eterno, as coisas devem ser assim.

Na verdade, a Mishná e o Talmud estão cheios de opiniões de Rabinos paradoxalmente discrepantes entre si.

Encontramos na Tanach (Escrituras Hebraicas) um relato muito esclarecedor. Fala de um fato acontecido nos dias do Rei Josias (Um dos poucos reis de Yehudah que andou em retidão perante o Eterno). Conta o relato Sagrado, que o rei resolveu reformar o Templo que estava entregue ao estado de abandono. O Sumo Sacerdote Hilqiáhu, por ordem do Rei, revirou os Tesouros do Templo a procura dos “guardados” e encontrou o Livro da Torah (imagine só, em que estado estava!) e o leu, se preocupou. Enviou-o imediatamente ao Rei que providenciou a sua imediata leitura. Conta o relato bíblico, que o Rei Josias ao ouvir a leitura da Torah rasgou suas vestes se sentindo em estado de luto. Enviou uma comitiva para consultar o oráculo. O Eterno falou através da Profetisa Huldá, dizendo: “Assim fala o Eterno, o D’us de Israel: Vou atrair uma desgraça sobre este lugar e sobre seus habitantes, cumprindo todas as palavras do Livro que o Rei de Yehudah leu. Porque me abandonaram e queimaram incenso a outros deuses, irritando-me por todas as obras de suas mãos, minha ira inflamou-se contra este lugar e não se apagará”. Melachim Beit (II Reis) 22:15-17.

O Rei convocou então o povo diante do Templo e leu o Livro da Torah perante todos e juntamente renovaram a Aliança com o Eterno, comprometendo-se de cumprir a Torah. Depois o Rei providenciou a imediata limpeza do Templo. Tirou os objetos consagrados à Baal e outros deuses. Queimou tudo e mandou jogar longe as cinzas. Deu fim aos profetas da Idolatria. Enfim, fez uma reforma geral.

Recomendo-vos que leiam o relato completo em Melachim Beit (II Reis), capítulos 22 e 23. Também leiam Divrey Hayamim Beit (II Crônicas) capítulo 34.

Agora, pergunto solenemente: Onde estava a Torah Oral durante tantos anos (cerca de duas gerações) se a própria Torah escrita estava no monturo, esquecida, entregue às baratas? Se a Tradição era transmitida oralmente de Mestre à discípulo, onde estava?

Resumindo, a palavra que o Eterno falou à Josias, se cumpriu durante o reinado de seu filho e de seu neto. Nabucodonosor, rei de Babilônia invadiu Yerushalaym, destruiu o Templo, a cidade, e levou todos cativos para Babilônia.

Diz assim as Escrituras: “...mas eles zombavam dos enviados de D’us, desprezavam suas palavras, zombavam dos Profetas, até o furor do Eterno contra seu povo chegar a tal ponto que já não havia mais remédio”. Divrey Hayamim Beit (II Crônicas) 36:16.

Se na Terra Sagrada de Israel as coisas se passaram assim, ou seja o povo se entregou à Idolatria até dentro próprio Beit HaMikdash (Templo do Eterno), imaginem em Babilônia, a terra fértil da Idolatria. Foi lá que arranjaram nomes idólatras para os meses do ano, como por exemplo, Tamuz, filho de Zeus com Astarot, num relacionamento incestuoso. Astarot é mencionada pelo Profeta como “Rainha dos Céus”. Yermyahu (Jeremias) 7:18. 

Em outra tradição, se diz que Tamuz era filho de Ninrod e Semiramís.

O Yechezkel navi (Profeta Ezequiel) foi transportado em visão ao Portal Norte do Beit HaMikdash (Casa do Templo) e viu mulheres chorando por Tamuz. O Eterno disse ao Profeta que isto era uma abominação e que lhe mostraria ainda coisas piores. Veja Yechezkel (Ezequiel) 8:14-15.

Os senhores Rabinos detentores da Tradição mantém Tamuz até hoje!

Cabe aqui dizer, que foi em Babilônia, terra dos inimigos e terra da idolatria que, na língua dos inimigos de Israel, o aramaico, que o Talmud foi escrito. Havia em Babilônia, Sábios que lá estabeleceram Yeshivot (Academias, Escolas Judaicas) e lá permaneceram. Não retornaram com Ezra, nem com Neemyahu. Não participaram da reconstrução do Templo. Mas, como eram Mestres influentes (eram os primórdios do sistema Rabínico), de lá exerciam poder intelectual sobre Yerushalaym. Ao tempo da destruição do segundo Templo no ano 70, e ao tempo da revolta de Bar Kochba, já existia uma comunidade Judaica em Babilônia com toda uma muito bem estruturada cultura intelectual, desde o tempo da destruição do primeiro Templo. 

A Idolatria é, verdadeiramente, a porta aberta para toda a sorte de crimes, entre os quais os mais hediondos. O primeiro sintoma do profundo desequilíbrio provocado pela Idolatria é a cegueira Espiritual e intelectual.  Mas... Dirá alguém:  “Nossos Rabinos são muito Sábios” e todos a eles se referem como “nossos Sábios”.

Pois sim, eu, o Xamã Yvy Memby, na qualidade de um humilde servo, confirmo solenemente estas palavras. São muitos, através dos tempos, os Sábios Talmidim que se destacaram em Sabedoria.

Posso citar alguns como Hilel, Shamai, Rabi Akiva, Moshê Maimônides (o Rambam, que decodificou a Torah e os Tratados do Talmud em sua Magistral obra: A Mishnê Torah).

Quero citar também mais dois Rabinos dignos de nota pela inteligência e Sabedoria: Rabi Yossef – O Cocheiro, da Rússia, que sabia de cor o Talmud inteiro, tanto o de Babilônia quanto o de Jerusalém, além de profundo conhecedor de Halachah e Kabalah. E Rabi Moshé Chaim Luzzatto, filho do também Rabino Yaacov Chai e Diamante, nasceu no ano de 1707, em Pádua, Itália. Desde muito cedo, o Ramchal, sigla de seu nome - Rabi Moshe Chaim Luzatto, foi visto como criança-prodígio. Diz-se que ele "desconhecia o significado da palavra esquecimento". Tinha grande cabedal de conhecimentos nas ciências e na literatura e dedicava-se, quase integralmente, ao estudo da Torah. Aos 14 anos de idade, já sabia de cor todo o Talmud e o Midrash, bem como os principais trabalhos sobre a Kabalah.

Estes e muitos outros cujos nomes trazem honra ao povo de Israel e eu peço desculpas por não citá-los aqui por falta de espaço. Grandes Sábios.

Mas... Sábios na Idolatria?

Como pode ser isto?

Passo a explicar: É o desequilíbrio entre a “erudição e a contemplação”.

Nós adquirimos o Conhecimento de duas formas. 

De forma analítica e de forma dialética. O termo “contemplativo” é um tanto quanto subjetivo para definir o exato significado do que eu quero dizer. A língua Portuguesa é pobre. Vou tentar definir melhor. 

A contemplação é dialética. O Xamã caminha pela Floresta ou pelo Deserto e, entra em comunhão íntima com a Mãe Natureza e lê as Mensagens escritas na mesma, contactando com os “Elementos” animais e vegetais e assimilando a sua Sabedoria. A maior Biblioteca do Universo é a Natureza e seus registros Akhásicos. Isto acontece a nível intelectual e a nível emocional. Há um equilíbrio entre os dois níveis. Este é o Conhecimento dialético. É um conhecimento esotérico, ou, interno. Possui “Luz própria”. Sua Luz brilha.

O Conhecimento Analítico é quando o buscador se debruça sobre os livros durante anos e anos estudando o que os outros disseram ou escreveram. Isto é puramente “intelectual”, erudito. Isto é conhecimento exotérico, ou, externo. Brilha com a Luz alheia.

Como a Terra, que tem seu Sol no interior mas este não brilha. A Terra brilha no espaço cósmico refletindo a Luz do Sol externo do Sistema Solar de Ors.

Resumo: o Rabino pode ser um grande erudito, intelectual, racional, mas carece da Sabedoria do Conhecimento contemplativo do centro emocional. Ele olha para fora e busca o conhecimento que vem de fora. Por isto fica vulnerável à Idolatria. Mesmo os Kabalistas. O conhecimento forense não é a verdadeira Sabedoria.

Por isto o Sistema Rabanita mantém o uso do Calendário oriundo do sincretismo Babilônico, com nomes idólatras para os seus meses como é o caso de Tamuz e com a celebração do Ano Novo em Yom Teruah (Lua Nova do sétimo mês). Yom Teruah é o Dia das Trombetas. Dia de Tocar o Shofar anunciando o Julgamento e simboliza o despertar da Consciência para o tempo Messiânico. Tanto é que logo em seguida vem a Festa de Sucot (Cabanas) que celebra a Nova Era e comemora a passagem pelo Deserto. Veja Tzachariyahu (Zacarias) 14:16-19. E porque os Rabinos sendo Sábios não enxergam isto? É a cegueira provocada pela Idolatria, como já vimos acima.

O Homem que tem a Consciência desperta, a Consciência de Mashiach, não é apenas um Erudito intelectual, mas um verdadeiro Sacerdote da Natureza como é o caso do Xamã. Há um verdadeiro equilíbrio “intelecto-Emocional”.

O Rabino que reza na sepultura de um morto não pode falar nada do cristão que adora um deus-morto, filho de uma mulher com um espírito. Por mais erudito que seja, está chafurdado na Idolatria. Isto, diante da Torah, ofusca a sua Sabedoria. 

Talmud Yerushalmi

E quanto aos meses do ano?

O Talmud de Babilônia diz, no tratado Rosh Hashanah 01-02:56d: “Os nomes dos meses veio com eles da Babilônia”.

O Rosh Hashanah celebrado em Yom Teruah é anti-Torah.        

וּבַחֹדֶשׁ הַשְּׁבִיעִי בְּאֶחָד לַחֹדֶשׁ, מִקְרָא-קֹדֶשׁ יִהְיֶה לָכֶם--כָּל-מְלֶאכֶת עֲבֹדָה, לֹא תַעֲשׂוּ:  יוֹם תְּרוּעָה, יִהְיֶה לָכֶם.

No texto Hebraico acima eu sublinhei os vocábulos “Yom Teruah” que significa “Dia de soar as Trombetas”. Veja Bamidbar (Números) 29:1.  E os Rabanim transformaram este dia em “Rosh Hashanah” (Ano Novo).

Talmud aberto - Veja como são suas Páginas

Destarte, na Torah está dito: “Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. Veja Shemot (Êxodo) 12:2. Aqui refere-se ao mês de Abib (pronuncia-se Aviv). Este é o mês em que se celebra Pêsach. O dia primeiro do mês é na Lua Nova. No entardecer do dia 14 (Lua Cheia) começa a celebração de Pêsach. Veja Shemot (Êxodo) 12:6-10.

Portanto, os senhores Rabinos intelectualistas racionais mantenedores da tradição Haláchica, criaram um poderoso sistema religioso Ortodóxo, no qual o Talmud ficou como “cabeça” e a Torah ficou como “cauda” e, pior, com uma cerca ao seu redor.

Quanto à verdadeira Espiritualidade da Torah, somente foi praticada em todo o seu esplendor durante a temporada no Deserto, enquanto Moshê (Moisés) estava presente. O próprio Moshê, ficou preparado Espiritualmente para ser líder de seu povo após quarenta anos no Deserto, em companhia de seu sogro. Yetro (também chamado Reuel), sogro de Moshê, era Sacerdote (Xamã) em Midian, uma Comunidade do Deserto. Ele foi Conselheiro (Mestre) de Moshê. Veja Shemot (Êxodo) 2:16-21. Moshê teve que pedir permissão ao Sacerdote para ir para o Egito cumprir sua Missão. Veja Shemot (Êxodo) 4:18.

A Espiritualidade da Comunidade do Deserto nunca mais foi praticada a não ser por um curto período (nos primeiros tempos) na época do Beit HaMikdash (Templo) de Shlomo (Salomão).

Pergunto: O que impede os Sábios Rabinos de ver estas coisas tão claras na Torah?

Respondo: Como já disse acima, a Idolatria causa cegueira Espiritual. 

Vejam um outro aspecto que devemos levar em consideração no estudo das práticas idólatras. É o costume de rezar no Kotel (Muro das Lamentações). Este costume tornou-se tão popular a ponto de se transformar em vulgaridade e considerar-se, na prática, as pedras do Muro como se D'us se materializasse alí. Colocam-se papéis com pedidos de "bençãos" nas fendas das pedras. Chegam até a denominarem o local como "Caixa Postal de Deus"! 

É sim um local sagrado para todo o Povo de Israel, como uma monumental recordação do Beit HaMikdash, mas não da forma que tem sido feito. Isto é Idolatria.

Há indícios de que após o retorno de Babilônia, ao tempo de Ezra, o Escriba, e Neemyahu, a Torah foi recompilada com erros. Ali nasceu o Judaísmo Rabínico como um galho da Tradição Primordial (A Espiritualidade dos hebreus do Deserto foi a mais pura em toda a História e não há a mais remota possibilidade de comparação com a religião Judaica dos Rabanim), direcionado em outro rumo. A seguir apresento um diagrama que fiz sobre isto.

Diagrama da Tradição Mística e Xamânica Primordial

O próprio alfabeto sofreu significativas alterações com Ezra, o Escriba.

O Profeta lamenta e diz: “Como podeis dizer: ‘Temos a Sabedoria, pois a Torah do Eterno está a nossa disposição’? É verdade, mas ela tornou-se uma Torah falsa, por obra da pena mentirosa dos escribas”. Yermyahu (Jeremias) 8:8. 

O Rabino Sefaradita  J. Oliveira, em seu Site Judaísmo Ibérico, inseriu a Bíblia Português - Hebraico. Ali este verso de Jeremias aparece assim: "Como pois dizeis:  Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Mas eis que a falsa pena dos escribas a converteu em mentira".

No texto Hebraico diz: ח אֵיכָה תֹאמְרוּ חֲכָמִים אֲנַחְנוּ, וְתוֹרַת יְהוָה אִתָּנוּ; אָכֵן הִנֵּה לַשֶּׁקֶר עָשָׂה, עֵט שֶׁקֶר סֹפְרִים.

Fonte: https://www.judaismo-iberico.org/interlinear/tanakh/1108PT.HTM. 

E depois de tudo isto, a Torah fica dentro de uma redoma blindada em cima de um altar. Usada mal e mal para a leitura das parashot nas sinagogas no Shabat, e interpretada à luz do Talmud.

Assim, os Rabinos mantém o monopólio do ensino da Torah.

Não é de admirar que cerca de 80% do povo judeu é secular (não praticante). Além das brechas que ficam para serem aproveitadas por seitas falsas do tipo, por exemplo, do famigerado “judaísmo messiânico”.

O movimento Judaico mais coeso e homogêneo que se vê é o Movimento Hassídico. Mas, vejam só, a idolatria em que se metem, reverenciando com verdadeira Idolatria o Rebe de Lubavitcher, as tais peregrinações à Uman para rezar pelos mortos e por aí afora.

Só a chegada do Mashiach, que o Eterno (D'us de Israel, bem como das 70 Nações Primordiais), bendito seja, permita que chegue logo e em nossos dias, o Despertar da Consciência de Mashiach na Humanidade para consertar um montão de coisas.

Kaparot

Este é um assunto polêmico até dentro do Judaísmo e entre os Rabinos.

Eu cismei de acrescentar este assunto das Kaparot dentro deste Estudo, esta semana. Acaba de chegar o Ano de 5774 do Calendário Judaico (2013-2014 do calendário Romano). Neste mês de Tishrei, celebra-se o Rosh Hashanah (Ano Novo), os dez dias de Penitência que antecedem o Yom Kipur (Dia do Perdão) e logo após, celebram-se durante sete dias a Festa de Sucot (Festa das Cabanas). Sobre Rosh Hashanah ser celebrado em Yom Teruah (Dia das Trombetas), conforme  já expliquei acima, é anti-Torah.

Sobre sacrifícios de animais (Corban, ou, no plural Corbanot), aprendemos pela própria tradição Rabínica que, após a destruição do Templo, cessou.

Entendendo as Corbanot:

O que é um corban e qual sua finalidade?

Um corban é um sacrifício. Mas o que é sacrifício? Nas religiões pagãs: a destruição da vida na adoração de ídolos. No judaísmo: a elevação do mineral, vegetal e animal ao espiritual.

Infelizmente, palavras como "oferenda," "sangue" e especialmente sacrifício têm sido conspurcadas com conotações decididamente não-judaicas, portanto caberia a nós uma completa reexaminação do conceito original da Torá. O radical da palavra corban é o adjetivo "karov," o hebraico para "fechar," denotando sua função primária: aproximar de D’us o ofertante do corban. Ao contemplar uma criatura viva abatida, morta e queimada perante seus próprios olhos, a pessoa se voltaria à introspecção e humildade, sobre as quais se baseia o verdadeiro arrependimento. Os corbanot somente eram trazidos na época do Templo. Havia diversos tipos: alguns expiavam pecados (involuntários), alguns transmitiam agradecimentos a D’us, outros eram obrigatórios, e alguns opcionais.

Um corban poderia ser uma ovelha, cabra, boi, vaca, carneiro, rola ou pombo (note que somente animais casher eram trazidos); farinha de trigo refinada assada ou frita em várias formas; ou vinho bom. Além da oferenda de Tamid, que era uma ovelha trazida duas vezes ao dia, os sacrifícios eram trazidos no Shabat, na Lua Nova e em todos os dias festivos mencionados na Torá.

Os sacrifícios podiam apenas ser oferecidos no Templo, independentemente de quão distante a pessoa morasse. 

Fonte:   https://www.chabad.org.br/interativo/faq/corban.html.

Antes do Templo, os Patriarcas praticavam o Ritual das Corbanot no Deserto.

Quer dizer, após a destruição do Templo, cessaram as Corbanot.

O Profeta Yirmeyahu fala do tempo em que as Corbanot (sacrifícios) voltarão à prática cotidiana, ou seja, na Era Messiânica. Diz o Texto: “Nunca faltará aos sacerdotes – LEVITAS – alguém que fique na minha presença oferecendo os holocaustos, queimando oferendas e celebrando diariamente sacrifícios". Veja Yirmeyahu  (Jeremias) 33:18.   

Atualmente, a prece substitui as corbanot, como declara o Profeta Hoshea: "Sacrificaremos novilhos de nossos lábios" Veja Hoshea (Oséias) 14:3.

Mas, eis aí, que, com o passar do tempo, surgiu o costume de sacrificar galinhas na véspera do Yom Kipur. São as Kaparot.  

Segundo o Rabino Alfred Koltach, a prática de Kaparot provavelmente começou entre os Judeus da Babilônia. Este costume é mencionado em escritos judaicos do século 9 e foi difundido por volta do século 10. Embora os rabinos da época condenaram a prática, o rabino Moses Isserles aprovou. E a prática da kaparot acabou tornando-se um costume em algumas comunidades judaicas. Entre os Rabinos que se opuseram à kaparot eram Moisés Ben Nahman e o rabino Joseph Karo, os dois sábios Rabinos muito conhecidos. Em seu Shulchan Aruch , o Rabino Karo escreveu sobre a kaparot: "O costume de kaparot ... é uma prática que deve ser evitada."

Mais um costume oriundo de Babilônia!

A véspera de Yom Kipur inicia com o antigo costume de Caparot, que é realizado antes do raiar do dia. Um homem ou menino pega um galo, uma mulher ou menina, uma galinha, segura na mão, recitando a prece B'nei Adam, girando a ave nove vezes sobre a cabeça. A prece continua: "Seja esta a minha expiação..." Isto é feito com o intuito de evocar um arrependimento sincero, para que não tenhamos destino semelhante ao da ave, graças à misericórdia de D'us que nos perdoa após o arrependimento verdadeiro.

Texto para caparot
(Transliterado e traduzido)

BENÊ ADÁM YOSHEVÊ CHÔSHECH VETSALMÁVET, ASSIRÊ ÔNI UVARZÊL. YOTSIÊM MECHÔSHECH VETSALMÁVET, UMOSROTEHÊM YENATÊC. EVILÍM MIDÊRECH PISH’AM, UMEAVONOTEHÊM YIT’ÁNU. COL ÔCHEL TETAÊV NAFSHÁM, VAYAGUÍU AD SHAARÊ MÁVET. VAYIZ’AKÚ EL A-DO-NAI BATSÁR LAHÊM, MIMETSUCOTEHÊM YOSHIÊM, YISHLÁCH DEVARÔ VEYIRPAÊM, VIMALÊT MISHECHITOTÁM. YODÚ LA-DO-NAI CHASDÔ, VENIFLEOTÁV LIVNÊ ADÁM. IM YÊSH ALÁV MAL’ÁCH MELÍTS ECHÁD MINÍ ÁLEF, LEHAGUÍD LEADÁM YOSHRÔ. VAYCHUNÊNU, VAYÔMER; PEDAÊHU MERÊDET SHÁCHAT, MATSÁTI CHÔFER.

Filhos do homem, que moram na escuridão e à sombra da morte, presos pela miséria e por cadeias de ferro – Ele os tirará da escuridão e da sombra da morte e quebrará seus grilhões. Pecadores insensatos, afligidos por causa de seus caminhos pecaminosos e suas iniqüidades; sua alma abomina todo alimento e eles chegam aos portões da morte – clamam ao Eterno em sua angústia; Ele os salva de suas aflições. Envia Sua palavra e os cura; Ele os salva de seus túmulos. Agradeçam ao Eterno por Sua bondade, e [proclamem] Suas maravilhas para com os filhos do homem. Se há para um homem [pelo menos] um anjo intercessor dentre mil [acusadores], para falar de sua retidão em seu favor, então Ele lhe será gracioso e dirá: Salva-o de descer para o túmulo; Eu achei expiação [para ele].
o Gire a ave ao pronunciar as palavras "CHALIFATÍ" (minha permuta), "TEMURATÍ" (meu subtituto), "CAPARATÍ" (minha expiação):

Homem:

ZÊ CHALIFATÍ, ZÊ TEMURATÍ, ZÊ CAPARATÍ. ZÊ HATARNEGÔL YELÊCH LEMITÁ

Esta é minha permuta, este é meu substituto, esta é minha expiação. Este galo irá para a morte e eu irei para uma boa e longa vida e para a paz.

Mulher:

ZÔT CHALIFATÍ, ZÔT TEMURATÍ, ZÔT CAPARATÍ. ZÔT HATARNEGÔLET TELÊCH LEMITÁ, VAANÍ ELÊCH LECHAYÍM TOVÍM. Fonte:  https://www.chabad.org.br/datas/yomkipur/index.html .

 Como acabamos de ver, até Autoridades Rabínicas reconhecidas e consagradas na História, Rabinos famosos, se opusera tenazmente contra a prática das Kaparot. É uma prática anti-Torah e anti-Talmúdica. Não existe nenhuma Halachah e muito menos uma Mitzvah que lhe dê crédito. É tão somente uma prática da tradição popular. Um verdadeiro "galinocídio". Originado em Babilônia, como vimos.

No Jornal "Notícias da Rua Judaica" saiu a seguinte matéria:

"NOVA POLÊMICA: KAPAROT COM ANIMAL OU DINHEIRO?

 Rabino-chefe de Israel exorta o público a "evitar o sofrimento do animal e a dor desnecessária"

O Ano Novo judaico começou, e as organizações de direitos dos animais estão preocupadas com o ritual de Kaparot, que é realizado durante os dias que antecedem Yom Kipur, o Dia do Perdão, onde os ortodoxos “transferem seus pecados” para uma galinha.

A associação de animais vivos apelou, através do novo rabino-chefe ashkenazi David Lau, descrevendo o sofrimento de frangos vivos utilizados como parte da tradição religiosa, o que levou o rabino a exortar o público a "evitar o sofrimento do animal e a dor desnecessária."

Em seu apelo ao rabino Lau, o fundador e porta-voz da associação, Eti Altman, escreveu que "a cada ano, antes do Yom Kippur, a nossa associação recebe muitas queixas sérias sobre o sofrimento terrível de aves a serem usadas como 'Kaparot'.

"Por horas, e até mesmo dias, elas são mantidos em pequenas gaiolas, por vezes, no sol quente, sem comida e sem água. Embora o Ministério da Agricultura e do Rabinato tenham emitido instruções para prevenir estas situações."

Em sua carta, Altman citou o Rabi Chaim David Halevi, que escreveu em seu livro "Aseh Lecha Rav" ("Traga um professor para si mesmo"), "Por que devemos, mais especificamente, na véspera deste dia santo, ser crueis com os animais sem motivo, e matá-los sem piedade, se estamos prestes a pedir compaixão, por nós mesmos, a Deus? "

A associação também mencionou em seu apelo uma série de idéias incluindo o Shulchan Aruch (também conhecido como o Código da Lei Judaica), e Rabbi Shlomo Ben Aderet e Ramban, que se opunham ao uso de aves com a finalidade de Kapparot - ao lado de rabinos conhecidos como o cabalista Yitzchak Kaduri e Shlomo Aviner, que nos últimos anos convidaram o público a usar o dinheiro para a caridade como um substituto para o frango vivo ao realizar o ritual de Kaparot". Jornal "Rua Judaica" Edição Nº 325, de Segunda, 09 de Setembro de 2013.

Abaixo vou postar um Vídeo que mostra como é a Kaparot: 

Judeu é Judeu por linhagem Matrilinear ou Patrilinear?

Como eu sempre venho dizendo nas Páginas deste meu humilde Sítio, sou apenas, como dizem, um Índio ignorante, Guarani-Kaiowá, Filho da Terra (Yvy Memby), praticante do Xamanismo da Tradição Primordial. E o sou por força da Halachá, em virtude de minha linhagem materna, porém pela linhagem paterna eu deveria ser considerado Judeu. Meu venerável e saudoso Pai era Judeu Sefaradita Espanhol, da tradicional família Guerreiro. Mas os Senhores Rabinos não me reconhecem como tal, com base em suas Halachot.

Mas eu não reclamo isto como decepção, pois estou feliz assim como Xamã Filho da Terra e da Floresta. Mas estudei as Leis Judaicas até ao ponto de ficar estarrecido e de cabelos arrepiados com o resultado de minhas descobertas. Conheço a língua Hebraica. Não sou um grande erudito mas conheço bem o que estou a dizer em todas as Páginas do meu Site.

Destarte, vamos esmiuçar aqui essa questão polêmica de "QUEM É JUDEU".

O padrão Haláchico diz ser Judeu o filho de Mãe Judia, mesmo que o pai não seja Judeu.

 Como eu já disse acima, as Halachot são Leis Rabínicas e a Era dos Rabinos e do Judaísmo propriamente dito se iniciou após o retorno de Babilônia, como ficou demonstrado no Diagrama que postei acima.

O Judaísmo, o Talmud, os Rabinos e as Halachot não existiam na época dos Patriarcas, Profetas e Reis do Israel pré-cativeiro Babilônico e dispersão das dez tribos do norte.

A Espiritualidade (não confundir com "religião") primordial de Israel não era o Judaísmo. Este não existia, como já foi dito. Existia, isto sim, a Espiritualidade dos Hebreus do Deserto.

Os Rabinos mudaram muitas coisas. Na Torah não ensina tal coisa como ser Judeu só se for por linhagem materna. Vejam que todas as genealogias na Torah são patrilineares.

Todo Judeu religioso anseia pela chegada de HaMashiach. Como já estudamos na minha Página "Yeshua/Jesus não é Mashiach (Messias)", todas as Profecias Messiânicas da Tanach (Bíblia Hebraica) apontam para um Mashiach descendente legítimo do Rei David.

E aí, senhores ilustradíssimos Rabinos? Como ficam as coisas?

De acordo com os conceitos das Leis Talmúdicas e da Halachá, o Rei David não era Judeu.

David era bisneto de Rute, a Moabita. 

Mas, de acordo com as Escrituras, David era Judeu. Veja a Genealogia de David: "E estas são as gerações de Pérets: Pérets gerou a Hets'ron; Hets'ron gerou a Ram, que gerou Aminadav; Aminadav gerou a Nahshon, e Nahshon gerou a Salmon; e Salmon gerou a Bôaz, e Bôaz gerou a Oved; e Oved gerou a Ishái [Jessé], e Ishái gerou a David" (Rute 4:18-22). 

Bôaz era esposo de Rute. Veja o versículo 13.

Acontece que os senhores intelectuais e ilustríssimos Rabinos mudaram tudo. 

Yaakov (Patriarca Jacob) teve 12 filhos que originaram as 12 Tribos de Israel. Duas de suas esposas eram Egípcias.

Existem ainda outros fatos que desqualificam os Patriarcas, Profetas e Reis, de serem Judeus. Mas na Tanach, especialmente na Torah, não existe nenhuma genealogia matrilinear. 

Materialismo, Dinheiro e usura

O Judaísmo Ortodóxo ensina que o materialismo é o pior tipo de Idolatria. Eu falo sobre isso em minha Página "Elucidação da Idolatria". O dinheiro se tornou o deus supremo deste século. Mas, são os Judeus que mantém o monopólio da Economia financeira de todas as nações desta pseudo-civilização consumista escrava do dinheiro. São eles que ensinaram os homens desta sociedade a viverem em função do consumo exacerbado. São eles que governam (Governo Secreto, paralelo, global) as nações. Os governantes os autorizam a emitirem papel moeda sem lastro, ou seja, sem fundos. Em outras palavras, a economia mundial tem como lastro os títulos de dívidas e movimenta tão soménte com a economia alheia.

Na minha opinião isto é uma fraude. Isto, juntamente com o Novo Testamento do cristianismo, formam a maior fraude da História da Humanidade.

É IDOLATRIA. É legitima adoração ao Bezerro de Ouro. Isto é tudo. 

Urbanismo Exacerbado

O ser humano isolou-se da Mãe Natureza e aprisionou-se na vida urbana, distanciando-se da vida Natural e dele tornando-se inimigo. Isso é o que chamam de “civilização”.

Acontece que, paradoxalmente, o povo que professa completa fé na Torah, é o mais urbanista do Planeta: os Judeus.

Onde você encontra os Judeus na diáspora? Nos maiores centros urbanos do Planeta! Somente nos bairros mais centralizados das grandes metrópoles.

Mesmo em Israel, os Judeus que vivem nas zonas rurais, formaram pequenos centros urbanos, os chamados kibutzim.

Agora eu pergunto: Será que a Torah ensina a viver em aglomerados urbanos, longe da comunhão com a Natureza?

Onde ficou a prática Espiritual dos Hebreus do Deserto?

Eu acredito com todas as forças de minha alma na Medicina Natural da Tradição Primordial. Será que sou anti-Torah? Os judeus que são urbanistas em extremo praticam a Medicina tecnicista e mecanicista. E a Torah, onde ficou?

Os Judeus não são Semitas!

Eu tenho sérios motivos para acreditar que os Judeus não são Semitas (descendentes de Shem). Os Askenazim, brancos de olhos azuis são a maioria tanto em Israel como na diáspora, são descendentes de Jafé. Quanto aos Sefaradim, são Semitas mas não são Israelitas. São Edomitas. Portanto, não são Hebreus Israelitas. Os Falashim (Judeus Etíopes), são Israelitas de fato, são negros e sofrem tremenda discriminação racial em Israel, da mesma forma que os descendentes de escravos nas américas.

Esta questão é muito grave e eu não vou entrar em detalhes aqui, pois é assunto para um livro de grosso volume. No entanto, vou dar a seguir, o link do Site onde se encontram Estudos profundos sobre este tema: https://hebreuisraelita.wordpress.com/. 

Homossexualismo no Judaísmo

Na Torah está dito:

"Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher;

 é uma abominação".

"Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, 

ambos praticaram uma abominação, serão mortos; o seu sangue recairá sobre eles!"

Vaykrá (Levítico) 18:22; 20:13.

No Jornal Judaico ÁLEF NEWS, saiu uma notícia bombástica que transcrevo abaixo:

"Rabinos americanos elegem
primeira líder lésbica

Denise Eger foi empossada como presidente da Conferência Central de Rabinos Americanos. Ela atua na Congregação Kol Ami, em Los Angeles: é mãe de um rapaz de 21 anos e se casará em breve.

Como uma estudante do rabinato na década de 1980, em Nova York, Denise Eger teve que viver longe de seus colegas seminaristas. Silenciosamente, ela criou um grupo de estudantes gays, mas realizava os encontros fora da escola. Na época de sua ordenação, ela ainda não tinha declarado sua orientação sexual publicamente, mas a comunidade judaica sabia sobre sua sexualidade, e ninguém estava disposto a contratá-la. Mais tarde, ela aceitou o único posto que lhe foi oferecido, em uma sinagoga que serve como um refúgio religioso para judeus homossexuais.

Desde então, o movimento reformista judaico — lar espiritual de Denise desde a infância — percorreu um longo caminho em direção ao reconhecimento das relações entre pessoas do mesmo sexo. Essa jornada levou a clériga à Filadélfia, onde foi empossada como a primeira presidente abertamente gay da Conferência Central de Rabinos Americanos, o braço rabínico do judaísmo progressista. “Isso realmente mostra o arco de direitos civis dos LGBT”, afirmou ela, “eu sorrio muito, é um sorriso de incredulidade”.

Com 55 anos, e fundadora da Congregação Kol Ami, em Los Angeles, ela não é a primeira sacerdotisa abertamente gay a liderar um grupo de rabinos americanos. Em 2007, a Associação Rabínica Reconstrucionista escolheu Toba Spitzer, uma lésbica, como sua presidente nacional. Mas os judeus reformistas, com dois mil rabinos e 862 congregações, formam o maior movimento judaico nos Estados Unidos e têm um amplo papel no mundo religioso.

Denise começou sua carreira na Beth Chayim Chadashim, em Los Angeles, a primeira sinagoga LGBT do mundo. Em 1990, ela apareceu em uma reportagem do jornal “Los Angeles Times” dizendo que gays e lésbicas precisavam de modelos positivos. “A luta é pelos direitos humanos e pela dignidade do homem. Se você pode ser um rabino, se você pode ser uma pessoa de fé, se você pode servir à comunidade como guia espiritual, e, ao mesmo tempo, conciliar todas essas questões, isso é expressivo".

Fonte: Jornal ÁLEF, Edição 2.003, de 23 de Março de 2015.

Meu comentário sobre esta abominação, conforme os versículos da Torah, citados acima, é que aquilo que o Eterno determina sobre "homem com homem", também está valendo para o caso de "mulher com mulher". Ou alguém acha que não?

Este não é um caso isolado.

Sabe-se que Tel Aviv é a cidade mais Gay do mundo; a capital mundial dos Gays.

O caso citado acima, da Rabina lésbica, é de Judeus Reformistas. Mas, e quanto aos Rabinos Ortodóxos? O que dizer?

O Jornalista DIOGO BERCITO publicou no Jornal "Folha de São Paulo" de 31/05/2013, a seguinte matéria:

Rabino, ortodoxo e gay

"Em meio a discussões sobre disputas armadas, sobre guerras na Síria, mísseis no Líbano, explosões no Iraque –nos esquecemos das guerras internas. Não as civis, mas aquelas que disputamos sozinhos, todos os dias, às vezes em vias de sermos derrotados. Dilemas morais, crises éticas, crises de identidade.

O jornal israelense “Haaretz” nos lembra de uma dessas guerras, em sua edição de final de semana. É a história do rabino Steven Greenberg – ortodoxo e gay.

Greenberg conta à repórter Dalia Karpel, no texto do “Haaretz”, como foi a luta de descobrir-se gay durante a infância e, ao mesmo tempo, dedicar-se à carreira de rabino na comunidade ortodoxa judaica. Afinal, Levítico 20:13 escreve que “Se um homem se deita com um homem assim como faz com uma mulher, ambos cometeram uma abominação” (a tradução é livre).

“Eu digo aos rabinos: Não estou pedindo que vocês modifiquem a halakha [conjunto de práticas]. Estou pedindo que vocês assumam a responsabilidade por todos os seres humanos, incluindo aqueles nascidos gays”, afirma Greenberg, que transformou suas contradições em material de estudo.

O rabino esteve em Jerusalém por ocasião do lançamento de seu livro, “Wrestling with God & Men: Homossexuality in the Jewish Tradition”, em hebraico. A edição americana já tem dez anos.

A obra de Greenberg é dividida em quatro partes. A primeira traz textos sagrados e discussões sobre a homossexualidade. A segunda reúne relatos do amor entre homens (Davi e Jonathan, na Bíblia, por exemplo). Na terceira parte, ele discute o texto de Levítico. Por fim, escreve sobre como as sinagogas podem ser mais inclusivas em relação aos homossexuais.

A questão é multifacetada, por aqui. Tel Aviv é considerada uma das cidades mais gays do mundo. Casais homossexuais andam de mãos dadas, na praia. Há festas, há bares –e Israel tem seu próprio diretor gay, Eytan Fox, cujo filme “Yossi” (2012) abre uma mostra de cinema israelense em São Paulo em junho.

Mas a importância da religião para o Estado e sua aparente contradição estrutural em relação à homossexualidade são uma constante fonte de atrito. Com a vantagem de que a questão vem sendo discutida nos círculos rabínicos. Recentemente, o nova-iorquino Yosef Kanefsky escreveu que:

Decidimos que homossexuais podem muito bem ser parte da condição humana. De acordo, decidimos que homossexuais não deveriam mais ter de pagar o preço psicológico e emocional, e até físico, para nosso conforto teológico

Greenberg dá sua opinião:

As pessoas estão começando a entender que não há apenas um único tipo de sexualidade. No passado, um dos maiores sábios judaicos de sua geração, Moshe Feinstein, descreveu a homossexualidade como uma rebelião contra Deus e como uma doença, mas agora isso é percebido como uma diferença normal. Há pessoas de esquerda, eu sou de direita. Você tem olhos marrons, os meus são azuis. Somos apenas diferentes".

Agora, o que eu tenho a dizer? Já vimos o que diz a Torah.

Os vícios humanos foram sendo instalados no mundo mediante um processo diabólico de

concessões em que ocorrem os seguintes passos;

1º) O erro é apontado e temido, odiado, condenado, perseguido e combatido.

2º) O erro é cometido. Os errados são destruídos.

3º) O erro se repete. Os errados são perseguidos, condenados, repelidos.

4º) O erro se multiplica. Os errados são repelidos, lamentados, ajudados a recuperar.

5º) O erro se generaliza. Os errados são tolerados, compreendidos, aceitos.

6º) O erro se totaliza. Os errados têm estatuto, proteção, legalização.

7º) O erro se universaliza. Os errados impõem o uso, traficam, obrigam ao consumo, ganham dinheiro e o Certo passa a ser perseguido e combatido.

A história do homem, de suas instituições, de suas leis, não passa de um registro dessa satânica escalada dos tóxicos com suas conseqüências e efeitos paralelos, com as nuances dos lugares, dos tempos e das pessoas.

A Reta Justiça

A reta justiça significa que a balança da justiça tem dois pratos. Para se fazer justiça como que é? Para que lado deve pesar mais? O prato que representa o bem? Ou você deve verificar com atenção o ponteiro da balança se está apontando para o “fiel”?

Todos sabem, pelo menos teoricamente, que a Justiça é o perfeito equilíbrio entre as partes. O equilíbrio entre o casal; o equilíbrio entre dois amigos; o equilíbrio entre as correntes de energia e assim por diante.

Todo Judeu praticante quando reza a Shacharit (orações da manhã) conforme o Sidur, pede ao Eterno pelo equilíbrio entre “yetser hará e yetser tov” (mau impulso e bom impulso), e pede para que o nosso impulso como um todo sirva ao Eterno.

O dia tem a parte escura e a parte clara. As duas partes juntas formam o DIA.

As mães e de um modo geral as pessoas de mais idade sempre costumam exortar as crianças: “Tenha juízo, meu filho”! Afinal, o que significa “ter juízo”? Significa ter clareza de mente para raciocinar sobriamente e saber discernir entre o certo e o errado. Saber julgar; enfim, ser um JUÍZ. E isto faz parte da vida de cada pessoa no cotidiano da vida.

Aonde eu quero chegar com estas palavras?

E a hirarquia correta é que a Torah tenha primazia. Porém na prática temos visto o contrário: vemos o Talmud assumindo maior importância. Quando alguém deseja conhecer a vontade do Eterno e se dispõe esquadrinhar e axaminar a Torah se depara com os Rabinos, o Talmud e as Halachot, e, quanto à Torah... há sim, a Torah, ele a vislumbra ao longe em cima de um altar pelo lado de dentro da “cerca”! E o Rabino lhe transmite o que está escrito lá, é claro, à luz do Talmud.

Resumo: primeiro a halachá. A Mitzvá vem depois. Onde a Halachá contradiz a Mitsvá, ela é anti-Torah.

Com todo respeito, naturalmente, para com os Senhores Rabinos, mas a Torah não ordena e nem sequer menciona “Rabinos”. Menciona, isto sim, os Cohanim, da Tribo de Leví, com a função de ensinar a Torah ao povo e exercer o serviço do Templo. No entanto, fiquei sabendo de Yeshivot cujos Rabinos são literalmente idolatrados por seus discípulos. A era Rabínica se iniciou, como já disse acima, no tempo de Esra, o Escriba e, principalmente em Babilônia. Eu não gosto de Babilônia!

O que estou falando, é como um humilde Xamã Yvy Memby (Xamã Filho da Terra).

QUE HAJA EQUILÍBRIO.

A Reta Justiça requer isto. O que passa disso é IDOLATRIA e, portanto, espúrio.

Um extremo é tão lamentável quanto o outro.