Mega construção de Templo da “Universal” em São Paulo

Depois que postei nesta página as minhas denúncias e minha indignação sobre o tráfico de Símbolos Judaicos e toda esta “zorra” e libertinagem com o uso e abuso dos mesmos na prática de idolatria nas igrejas, eis que surge agora um assunto que considero o ápice deste abuso: A construção de uma réplica do Beit HaMikdash (Templo).

Trata-se de uma gigantesca, ostensiva e multimilionária construção em São Paulo, de uma réplica do Templo de Salomão, que está sendo feita pela Igreja Universal, do Bispo Edir Macedo.

Modelo do Templo a ser construído 

Diz Macedo:

“Nós encomendamos o mesmo modelo de pedras de Jerusalém que foram usadas por Salomão, pois vamos revestir as paredes do templo com elas. Nós queremos que as pessoas tenham um lugar bonito para buscar a Deus e também a oportunidade de tocar nessas pedras e fazer orações nelas.”, comentou o bispo durante reunião realizada em São Paulo. Ele acredita que a visitação ao Templo não se limitará somente aos fieis da IURD, mas se tornará um ponto turístico e cultural, que atrairá pessoas do mundo todo.

Ainda dentro da Igreja, uma arca representando a Arca da Aliança será colocada sobre o altar com o objetivo de proporcionar um efeito tridimensional, que, quando aberta, poderá ser observada totalmente em seu interior e também refletirá no batistério, criando a sensação, durante o batismo, de que a pessoa estará se batizando dentro da Arca. Na face frontal do altar serão aplicadas doze pedras representando as doze tribos de Israel, e todo o altar será ladeado por duas colunas diferenciadas chamadas Joaquim e Boaz, nomes também citados na Bíblia. A Igreja será no Brás (zona leste da capital paulista) e terá capacidade para mais de 10 mil pessoas sentadas". Fonte: o Blog do Bispo Macedo (https://bispomacedo.com.br/2010/07/15/projeto-do-templo-da-iurd/).

Templo depois de Construído

No mencionado Blog cujo link está acima, cita ainda comentários e elogios de líderes Judaicos (Reformistas, é claro)!!! 

"Com bases nas orientações bíblicas, arquitetos e engenheiros se empenharam ao máximo para aproximar a nova construção da antiga. De acordo com o arquiteto e autor do projeto, Rogério Silva de Araújo, os dados foram retirados tanto de passagens bíblicas como de estudos realizados em Israel. “No Egito antigo, o côvado era uma medida retirada da distância entre o cotovelo e as pontas dos dedos – esta correspondia a 18 polegadas, ou seja, 52,4 centímetros. Com as informações apuradas, foi possível calcular que a casa que o rei Salomão edificou ao Senhor media 31,44 metros de comprimento; 10,48 metros de largura e 15,72 metros de altura. Também em referência à passagem de Ageu, capítulo 2.9, que diz: ‘A glória desta última Casa será maior do que a da primeira’, fizemos um projeto maior, buscando a fidelização com a época, por meio dos materiais e elementos utilizados internamente”, explica.

O Templo, com 126 metros de comprimento e 104 metros de largura, tem dimensões que superam as medidas de um campo de futebol oficial. São cerca de 100 mil metros quadrados (m²) de área construída num terreno de aproximadamente 35 mil metros e com altura de 55 metros.

O Templo de Salomão em São Paulo é um empreendimento arrojado que emprega tecnologia de ponta. A intenção é que as pessoas, ao adentrarem no local, viajem pelo tempo e sintam-se como se estivessem no primeiro Templo construído por Salomão, começando pela fachada, passando pelo átrio e chegando internamente ao salão – o Santo Lugar –, bem como ao Altar – o Santo dos Santos.

Os principais materiais utilizados internamente são pedras, materiais dourados e madeira. Todo o piso do Templo, assim como as paredes, é revestido com pedras trazidas de Israel.

As portas de acesso ao Templo são trabalhadas internamente em madeira e externamente em cobre. A luz amarela complementa a rusticidade do ambiente, além de valorizar cada elemento interno no Santo Lugar.

A iluminação também é um diferencial, pois foi desenvolvida para iluminar a uma altura de quase 18 metros, sem que as pessoas percebam a luminária, pois estas não existiam na época do antigo Templo. Os pilares internos são dotados de iluminação indireta, que valoriza a arquitetura interna e também permite uma ambientação diferenciada para diversos tipos de cerimônias no Templo.

A climatização do Santo Lugar segue o mesmo conceito da iluminação, ou seja, existe, porém não é vista. Para isso, grandes sancas em gesso foram colocadas no teto, escondendo os difusores de ar condicionado que se confundem com os elementos arquitetônicos.

A Arca da Aliança, que representa o elemento principal do projeto, foi colocada sobre o Altar, para criar a sensação de um efeito de tridimensionalidade. O batistério, que fica atrás da Arca, recebeu revestimento em pastilhas douradas, além de um vitral dourado no teto e no fundo, criando a sensação de o batismo estar sendo realizado dentro da Arca.

Na face frontal do Altar, foram aplicadas 12 pedras, representando as 12 tribos de Israel. Ele foi ladeado por duas colunas diferenciadas, chamadas Jaquim e Boaz, que também são citados na Bíblia. Ao fundo, há a representação do véu que se rasgou, e um segundo véu, que cobre o Altar, o local mais sagrado do Templo.

Na área externa foi criado um memorial, no subsolo, com 250 m² e com o pé direito triplo integrado ao paisagismo por meio de um espelho d’água. O acesso a ele é feito contornando uma cúpula fechada com vidros, construída acima do salão. Por ser vazada e iluminada naturalmente, ela pode ser vista de baixo para cima por quem estiver no memorial”.

Fonte:  https://www.otemplodesalomao.com/#/construcao. 

Presidente Dilma Rousseff e Bispo Macedo

"Entre os quase 10 mil convidados, diversas autoridades e celebridades marcaram presença, entre eles a presidente Dilma Rousseff; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de diversos governadores, deputados federais e estaduais, vereadores e prefeitos".

Fonte:  https://www.universal.org/noticias/2014/07/31/veja-como-foi-a-inauguracao-oficial-do-templo-de-salomao--30611.html.

Destarte, vemos aí  uma obra 4 vezes maior que a original, do Rei Salomão.

Minha opinião é que o Templo e a Arca da Aliança são Patrimônio exclusivo e Sagrado da Cultura e Tradição Judaica. O Templo (Heb. Beit HaMikdash), de acordo com as Escrituras Hebraicas, dos Profetas de Israel, deve ser construído unicamente no lugar estabelecido pelo Eterno: no monte Moriah, em Yerushalaym (Jerusalém), no local onde se encontra a Mesquita Dourada, o Domo da Rocha. Veja Yeheskel (Ezequiel) capítulos 40 a 46.

Portanto, estes seguimentos Judaicos que estão elogiando esta sacrílega obra merecem o meu completo repúdio por sua proverbial promiscuidade, bem como o repúdio manifesto de todos os Judeus Ortodóxos e praticantes da Torah.

Grupos Judaicos Anoussitas estão organizando uma manifestação de repúdio diante da Embaixada de Israel em Brasília-DF com a cobertura de Jornais e TV mundiais. Esta manifestação será em data ainda a ser definida, porém em breve.

Há algo que compromete o próprio Estado de Israel neste caso. É o fato de o Estado permitir a extração, vender e exportar as pedras para esta sacrílega construção.

O cristianismo sempre se utilizou arbitrariamente dos valores e subsídios Judaicos. A liturgia católica romana e a ortodoxa é inteiramente copiada e adaptada da Liturgia Judaica. Quanto aos paramentos: a estola é uma versão do Talit (manto de orações Judaico); o solidéu (Kipah); a mitra (ref. Ao Sol invictus) é uma corrupção da Mitra do Sumo Sacerdote (Cohen Gadol); as festas do calendário Romano se baseiam nas festas Judaicas, como por exemplo o Pentecostes e a Páscoa. Enfim, por aí afora.

Agora chegam os evangélicos (filhas de Roma), especialmente os neo-pentecostais com esta quizumba sacrílega de usar ostensiva e desavergonhadamente os Símbolos Judaicos conforme veremos a seguir.

Por último, chega o Bispo Macedo com esta ousadia toda de construir uma réplica do Templo e até buscando pedras em Israel. Acha que dinheiro compra tudo! 

A matéria a seguir foi publicada no Jornal "Notícias da Rua Judaica", Edição 176 de 6 de Agosto de 2010.

"DEPUTADOS CONTRA A CONSTRUÇÃO DO BEITH HAMIKDAH (A CASA DA SANTIDADE) NO BRASIL

Por Asher Ben-Shlomo - Jerusalém. O projeto de construção da copia do Beith Hamikdash (Casa da Santidade) na cidade de São Paulo, no Brasil, já conseguiu irritar vários deputados: O Deputado Michael Ben-Ari (Coligação União Nacional) enviou ontem carta a Embaixadora do Brasil em Israel na qual expressou seu protesto em relação ao projeto. "Pena que as multidões de crentes brasileiros se iludam a si próprios", escreveu o Deputado Ben-Ari, "O Beith Hamikdash (a Casa da Santidade) não é apenas o prédio, mas também o lugar - o monte do Templo e principalmente a idéia de que 'de Sion sairá a Torah e de Jerusalém a palavra do Senhor'.

Ben-Ari também propôs às pessoas da Igreja Universal do Reino de Deus que se encontram por trás da iniciativa "deixar de lado este projeto grandioso e investir o dinheiro na transferência da mesquita de Omar para o Brasil de forma que o povo de Israel possa cumprir a determinação de construir a Casa Eleita que se tornará uma luz para as nações". Ao protesto também se juntou o Deputado Arieh Eldad (Coligação União Nacional) segundo o qual a tentativa de construção no Brasil de uma igreja na forma do Primeiro Beith Hamikdash (Primeira Casa da Santidade) expressa essencialmente a tentativa de herdar o judaísmo também em suas características de adoração". O Deputado Rabino Menachem Eliezer Moses, Presidente da Coligação Judaísmo da Torah considerou a iniciativa de construção do Beith Hamikdash (a Casa da Santidade) uma idéia alucinatória. Segundo ele, "os judeus acreditam que o Beith Hamikdash (a Casa da Santidade) descerá dos céus quando o Messias chegar".

 Asher Ben-Shlomo, membro do Diretório Executivo da Organização Sionista Mundial, que lidera a luta dos anoussitas do Brasil pelo retorno ao seio do povo judeu, disse que o Bispo Macedo, que se encontra por detrás deste grandioso projeto, faz uso indevido do ideal do Beith Hamikdash (a Casa da Santidade). De acordo com o planejamento, o Beith Hamikdash (a Casa da Santidade) será construído a um custo de 200 milhões de dólares e será duas vezes mais alto que a estátua do Cristo Redentor que pode ser visto no Rio de Janeiro". https://www.nrg.co.il/online/1/ART2/140/738.html

Até aqui a matéria extraída do Jornal Notícias da Rua Judaica: www.ruajudaica.com

Agora preciso expressar minha opinião a respeito das palavras do Deputado Rabino Menachem Eliezer Moses, citadas na matéria acima, que diz ser crença dos Judeus a descida do Beit HaMikdash desde os céus por ocasião da chegada do Mashiach.

Isto se parece muito com a doutrina cristã que diz descer do céu a cidade santa. Também colide com a profecia do Profeta Yeheskel (Ezequiel) nos capítulos 40 a 45 onde fala da construção literal do Templo. Com muita riqueza de detalhes o Profeta dá instruções sobre como deve ser construído o Beit HaMikdash. 

Roubo de Símbolos Judaicos é Moda nas Igrejas

O Mundo está chafurdado na Adoração

à Matéria. É escravo da idolatria, a qual

estendeu as suas garras sobre Tudo o que há.

Um Pouco da Minha Experiência

Sou apenas um índio ignorante, mas, como vem acontecendo nesta Terra há mais de 500 anos, quando esta Terra foi invadida por estrangeiros, a ação dos missionários cristãos foi a primeira providência tomada pelos invasores junto aos Povos Nativos, celebrando uma missa. Invadiram esta Terra, com uma Bíblia numa mão e a espada na outra e transformaram o “Paraíso” que era esta Terra naquele tempo, nesta “coisa” existente hoje, que hipocritamente chamam de Civilização. Comigo a regra não foi diferente. Estive desde a mais tenra infância chafurdado na Idolatria das igrejas cristãs, até que, após meio século de sofrimento em ditas igrejas, despertei para uma nova vida, abandonando a Idolatria. Sou autodidata (não freqüentei escolas regulares), li muito e sempre fui um estudioso e buscador incansável. Meu lema é “beber de águas profundas”. Investiguei profundamente as doutrinas religiosas e científicas da pseudo-civilização Ocidental. Para conhecer os próprios alicerces do cristianismo, me embrenhei na Cultura Hebraica. Eu precisava conhecer as raízes, a fonte mesma, de tudo o que se acredita ser a “Palavra de D’us”. Precisava saber porque eu acreditei nas coisas que acreditei. Quando se lê a Bíblia Hebraica descortina-se diante de si um outro mundo, um mundo novo.

Aprendi desde muito jovem, que as origens do cristianismo se derivaram do Judaísmo. Muito embora exista um abismo muito profundo entre a cultura cristã e a Cultura Hebraica, percebe-se os sinais de hebraísmo em muitos aspectos da teologia cristã tradicional e muita bajulação à Israel por parte dos modernos cultos Pentecostais.

Mas, basicamente, a doutrina cristã tradicional e ortodoxa, oriunda de Roma, contém de forma marcante a chamada “teologia da substituição”. Quer dizer: D’us rejeitou Israel e a Igreja foi fundada em seu lugar. Esta doutrina hedionda tem sido ao longo dos séculos nos últimos dois mil anos a motivação para perseguir e matar Judeus e ao mesmo tempo justificar a matança. Acreditava-se estar prestando um serviço à D’us.

Assim, a religião foi pregada por força e pela violência; através do genocídio. O extermínio de Judeus, Árabes, Celtas, Indígenas, Ciganos e um sem-número de povos da Europa, África, Ásia e, por último, nas Américas. Vários povos foram completamente arrasados e extintos.

Nas minhas buscas pela Verdade, investiguei as raízes do Conhecimento Cultural geral. Investiguei os fundamentos das principais doutrinas Cristãs de Roma e suas filhas, as Igrejas reformadas, e as que delas foram derivadas. Conheço a doutrina Adventista, das Testemunhas de Jeová, dos Pentecostais, e outras, sem falar com falsa modéstia, repito, conheço melhor e mais profundamente do que alguns pastores veteranos e que embranqueceram seus cabelos dentro de tais igrejas.

Finalmente, descobri que o Novo Testamento (em Hebraico: Brit Chadashá = Nova Aliança) é a maior fraude da História da Humanidade. Fiquei quase louco com esta terrível descoberta. Povos inteiros foram dizimados para que esta mentira fosse implantada no Mundo.

As minhas descobertas no campo religioso e científico, como por exemplo a Medicina, estão expostas nas várias páginas deste meu humilde Sítio na Internet, onde venho postando minhas denúncias dos falsos valores desta coisa que se convencionou chamar de Civilização.

O Novo Testamento é mentira e contradições por completo. Também a parte que se convencionou chamar de “Velho Testamento” não escapou das garras insanas dos especialistas da fraude. Na Página “Esquadrinhando as Traduções e Compilações Bíblicas”, falei sobejamente sobre este assunto. Porém, recentemente venho fazendo mais descobertas. Assuntos que mostram estarem os próprios Judeus religiosos e praticantes do Judaísmo, envolvidos em profunda Idolatria. Tal qual aconteceu com o Israel dos dias do Profeta Eliahu (Elias).

É sobre estas descobertas estarrecedoras que quero discorrer na presente Página do meu Sítio. 

Vamos pois ao primeiro tópico: 

Pastores e o Roubo de Símbolos Judaicos

Não há muito o que falar sobre este assunto. Portanto, vou expor com não muitas palavras, as quais são quase desnecessárias, dado que o assunto é muito patente e público diante dos olhos de todos. Todos estão vendo a forma escandalosa das práticas da Idolatria moderna que virou moda nas Igrejas neo-pentecostais: O uso abusivo de Símbolos Judaicos em seus cultos.

Já há alguns anos se vende nas igrejas (e por quantias significativas), vidros com água abençoada do Rio Jordão, óleo abençoado no Monte Sinai e por aí afora. São vários e exóticos os itens.

Agora por último, virou moda nas igrejas, o uso do Talit (Manto, ou Chale de Orações Judaico), pelos pastores. O uso da Menorah (Castiçal) nos altares. O uso do Shofar (Trombeta de chifre de Carneiro). E as réplicas da Arca da Aliança. 

O que mais me espantou foi a forma como se usa a Arca da Aliança.

Verdadeiras práticas místicas.

Colocam pedidos de oração, currículos, carteiras de trabalho, fotos, chaves, tudo dentro da Arca da Aliança e, ajoelhados, oram com as mãos em cima da Arca. Transformam assim este Símbolo Sagrado da Aliança do Eterno com Israel em um “Baú mágico de Milagres”.

Fazem isto dizendo ao público ignorante e idólatra que é o cumprimento da promessa apostólica do “grande mover do espírito”. Prática exclusiva daqueles que dizem ser o seu trabalho o “verdadeiro envio apostólico”.

 

 

Uma verdadeira "Procissão" com a Arca através

do salão da Igreja

Fazem verdadeiras procissões com os Símbolos Sagrados do Judaísmo através dos salões de seus templos.

Na minha opinião, os donos de Lojas Judaicas têm sua parcela de culpa com esta prática, pois vendem estes objetos Sagrados aos interessados, incentivando e alimentando desta forma esta escandalosa prática idólatra moderna

Símbolos Judaicos: Rolo da Torah, Shofar, Tefilim, Talit,

Mezuzah, kipah, Menorah, Maguém David, etc... 

Veja só a Idolatria com a Arca!

Isto me dá dor de estômago.

Considerações sobre a Arca da Aliança 

Aqui mostra a Shechinah (Presença Divina) sobre o Propiciatório da Arca

Assim foi construída a Arca: “Farão uma arca em madeira de Acácia, com dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura. Revesti-la-ás com placas de ouro puro por dentro e por fora, envolvendo-a numa moldura dourada. Forjarás quatro argolas de ouro e as fixarás nos quatro pés da arca: duas de um lado e duas de outro. Farás barras de madeira de acácia, revestindo-as de ouro; e nas argolas introduzirás as barras, que servirão para carregar a arca. As barras permanecerão fixas nas argolas, sem serem retiradas. Na arca porás o Documento que Eu te darei. Em seguida farás um propiciatório de ouro puro, com dois côvados e meio de comprimento e com um côvado e meio de largura. Farás igualmente dois querubins de ouro puro nas duas extremidades do propiciatório. Faze um querubim em uma extremidade e outro querubim na outra extremidade. Disporeis os querubins destacando-se do propiciatório, nas duas extremidades. Os querubins estenderão suas asas para cima, para assim protegerem o propiciatório. Eles estarão face a face e olharão para o propiciatório. Porás o propiciatório sobre a arca e, dentro dela, o Documento que te hei de dar. Lá Eu te encontrarei e, do alto do propiciatório, entre os dois querubins sobre a arca do Documento, comunicar-te-ei todas as ordens que preciso dar-te para os filhos de Israel”. Veja Shemot (Êxodo) 25:10-22.

Assim foi feita a arca, com madeira odorífera de acácia, revestida de ouro por dentro e por fora. Coberta com o propiciatório com os dois querubins, de ouro puro. Dentro da arca seria colocado o Documento escrito por D’us e entregue a Moshê (Moisés), ou seja, as duas tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos, conforme está escrito na Torah: “Então o Eterno me disse: ‘talha duas tábuas de pedra como as primeiras e vem a mim sobre a montanha. Farás também uma arca de madeira. Sobre as tábuas escreverei as palavras que estavam sobre as primeiras, que quebraste; depois porás as tábuas na arca’. Fiz uma arca em madeira de acácia, talhei duas tábuas de pedra, iguais às primeiras, e subi à montanha, tendo nas mãos as duas tábuas. E ele escreveu nas tábuas a mesma escritura da primeira vez, as dez palavras que o Senhor proclamou para vós sobre a montanha, do meio das chamas, no dia da assembléia. E o Eterno me entregou as tábuas. Depois virei-me para descer da montanha; coloquei-as na arca que fizera, e nela estão guardadas, como o Eterno me ordenara”. Veja Devarim (Deuteronômio) 10:1-5.

Vemos portanto, que a arca guardava as Tábuas da Lei, estando a mesma tampada com o propiciatório. Alí, por cima do propiciatório e entre os dois querubins, se manifestava a Shechinah, ou seja, a Glória da Presença visível do Eterno, para se comunicar com Moshê.

Sabemos que, dentre as doze tribos dos Filhos de Israel, a tribo de Leví foi escolhida pelo Eterno para cuidar dos assuntos Espirituais; zelar e conduzir os objetos Sagrados inclusive, é claro, a Arca da Aliança. Elishafan, filho de Uziel, da família dos qehatitas, da tribo de Leví, ficou encarregado da arca. Bamidbar (Números) 3:31. 

O Mistério envolvendo a Árca da Aliança era tão profundo, Glorioso, grande e transcendental, que cabe aqui, discorrer sobre fatos relatados na Bíblia, envolvendo pessoas que manusearam ou tocaram nela.

Vejamos por exemplo o que aconteceu quando os Filisteus invadiram Israel e tomaram a Arca. Elí era o Sumo Sacerdote na época e seus filhos Hofní e Pinhás eram encarregados da Arca, mas se encontravam em transgressão e o Eterno não se agradava deles. E lá foram eles com a Arca para o meio do campo de batalha. Não deu outra. Foram mortos os dois e a Arca, os Filisteus a levaram. O pai deles, Elí, quando soube da notícia caiu morto.

Quanto aos Filisteus, levaram a Arca para o templo de seu ídolo Dagon e a puseram diante do mesmo. No outro dia, o ídolo amanheceu caído com a cara no chão. Eles o pegaram e o restituíram ao seu lugar, mas no dia seguinte, novamente, o ídolo amanheceu caído diante da Arca e, desta vez, com a cabeça e as duas mãos decepadas e colocadas na soleira da porta. E o Eterno feriu os Filisteus com hemorróidas e tumores nas partes íntimas. Resolveram e removeram a Arca para a cidade de Gat. Lá nesta cidade o Eterno feriu da mesma forma seus habitantes e o povo entrou em pânico mortal. Levaram então a Arca para Eqron. Os Eqronitas quando viram, e já informados da notícia que corria, entraram também em pânico e se puseram a gritar. Reuniram-se, então, todos os príncipes e resolveram devolver a Arca à Israel, ao lugar de onde a Arca nunca deveria ter saído. Mas, havia um problema: não havia pessoas com coragem suficiente para conduzirem a Arca de volta à Israel. Seus magos e curandeiros orientaram-nos a que pusessem a Arca num carro atrelado a duas vacas que amamentavam, retendo contudo, os seus bezerros no estábulo. Também foram orientados a não enviarem a Arca sem uma boa indenização. Fabricaram então tumores, ratos e órgãos íntimos, de ouro puro e puseram em um cofre ao lado da Arca e enviaram. O Eterno conduzia as vacas que sofriam pois precisavam amamentar suas crias. As vacas seguiam mugindo direto em direção de Bet-Shémesh. Veja Shmuel Álef (I Samuel), capítulos 5 e 6.

Outro fato digno de atenção aconteceu quando o Rei David resolveu transportar a arca desde a colina onde estava, na casa de Abinadav, em Baalê-Yehudah para Yerushalayim. Ela foi colocada sobre um carro novo e seguiam pela estrada, e o Rei David, juntamente com a sua comitiva dançavam alegres diante da arca do Eterno ao som da orquestra. Chegando à eira de Nakon o carro de repente andou em falso e parecia que a arca ia cair e Uzá correu para ampará-la tocando-a. A ira do Eterno foi sobre ele que caiu morto ao lado da arca. David teve medo. Veja Shmuel Beit (II Samuel) 6:1-12. 

Quem saberia dizer qual o Mistério? Alguns especuladores chegaram a sugerir que a arca continha material radioativo.

Na época da invasão de Yerushalayim por Nabucodonosor, rei de Babilônia, quando o Templo foi destruído, a arca desapareceu. Mas Nabucodonosor não a levou. A arca desapareceu pouco antes da invasão e destruição do Beit HaMikdash. Supõe-se que o Profeta Yermyahu (Jeremias) a tenha escondido (II Macabeus 2:5). O fato é que ela nunca mais foi encontrada. No segundo Templo ela não estava.

Há muitas especulações. Entre elas se encontra o Filme de Indiana Jones: “CAÇADORES DA ARCA PERDIDA”, que se tornou famoso.

O texto de Macabeus citado acima, onde diz que o Profeta Yermyahu escondeu a arca em uma gruta, não reconhecido oficialmente por se tratar de um livro apócrifo. Mas, o contexto do versículo citado relata que o Profeta diz que Arca da Aliança será encontrada depois da grande Diáspora, quando Israel será reunido. No entanto, no livro do próprio Profeta Yermyahu está escrito: “Naqueles dias, quando vos multiplicardes abundantemente pela terra – oráculo do Senhor – ninguém mais dirá: ‘Arca da Aliança do Senhor!’ Ela não surgirá à memória, não será mais lembrada, ninguém dará por sua falta, não a farão de novo. Naquele tempo, Yerushalaym é que será chamada ‘Trono do Eterno’ por causa do Nome do Eterno estabelecido em Yerushalaym”. Yermyahu (Jeremias) 3:16-17. Este texto dá a entender que a Arca não estará no terceiro Beit HaMikdash.

Repetindo: O Mistério em torno da Arca da Aliança é grande. Mas ela é um Símbolo Sagrado para Israel e ninguém tem o direito de usar e abusar dele na Idolatria.